Telefones públicos mudos: vandalismo

 A ignorância de certos elementos que compõem nossa sociedade é tão aviltante que nos deixa perplexos diante de fatos praticados que não se justificam, porque eles próprios são os mais prejudicados. Um exemplo claro disso é a telefonia pública, feita nos chamados “orelhões”, localizados em muitas de nossas ruas nos mais diferentes bairros. Noventa por cento estão danificados, sem utilização, quebrados que foram por vândalos que perambulam pela cidade à procura de, por conta da violência, conseguir o dinheiro para comprar as drogas que lhes matam prematuramente. Frustrados por não conseguirem sensibilizar a mais ninguém, partem para a represália destruindo um bem público de grande utilidade. Os mais afortunados têm seus aparelhos de telefonia móvel, os celulares, mas os pobres, aqueles que não têm nem o dinheiro da alimentação diária, ficam desamparados na hora de manter comunicação com um ente querido distante, ou mesmo para pedir socorro aos órgãos competentes. Ficam jogados a sua própria sorte com prejuízos terríveis que a maldade desses desocupados bandidos proporciona. A concessionária dos serviços de “orelhões” já nem se preocupa em consertar os aparelhos porque sabe, de antemão, que serão quebrados logo em seguido ao conserto. Valha-nos quem?